Uma relação de dominação e submissão é caracterizada pelo elemento controle. O dominante controla as ações e pensamentos do submisso, que se submete pelo prazer de fazer as vontades do dominante, pelo prazer que sente com o fato de o dominante ter prazer, é um prazer empático, um prazer de dar prazer.
Existem várias práticas relacionadas à dominação e submissão.
Por exemplo, o controle da conduta do(a) submisso(a) através de relatórios diários, o dogplay, em que o(a) submisso(a) se comporta como um cão, o foodplay “brincadeiras com comida”, em que se pode, por exemplo, usar o(a) submisso(a) como um prato, colocando-se comida em cima dele(a) (como os filmes em que se come sushi em cima de uma japonesa), a dominação psicológica, em que o dominante molda ou tenta moldar (mais adiante falarei sobre essa polêmica) a psicologia do(a) submisso(a), seus gestos, atitudes e até pensamentos conforme seus gostos e preferências.
Na verdade embora essas práticas estejam geralmente ligadas à dominação e submissão, isso não é verdade absoluta, pois o que determinará se uma prática é de dominação e submissão é a intenção dos praticantes com aquilo. Se há intenção de dominação e controle, então estamos diante de uma prática num contexto D/s. Entretanto, uma prática aparentemente ou geralmente D/s, pode estar num contexto mais preponderante de B/D ou de SM. Por exemplo, uma prática de dogplay pode estar relacionada aparentemente a D/s, mas na verdade tratar-se de SM, pois a intenção dos praticantes é explorar o sofrimento, um querendo sentir-se humilhado e o outro humilhar, curtindo o sofrimento alheio; tratar-se-ia de uma prática dogplay num contexto SM e não D/s, ou com poucas cargas de D/s e mais de SM, se é que me faço entender.
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